Tornando Maputo mais bela
O trabalho diário de limpeza desenvolvido pelos Agentes Sazonais contratados pelo Conselho Muncipal de Maputo para fazerem a limpeza em quase todos os Distritos Municipais tem estado a impactar significativamente na preservação da boa imagem da cidade.
Um pouco por todas as artérias da também conhecida como “Cidade das Acácias e Jacarandás” é possível ver, durante a noite e nas primeiras horas do dia, um forte contigente de agentes preocupados e empenhados em transformar a capital, higienicamente e ambientalmente. São homens e mulheres que, vestidos a rigor, levam consigo pás, vassouras, carrinhas de mão e outros instrumentos que ajudam a recolher o lixo, após a varredura, que deixa a cidade limpa e transitável.
Em conversa com uma parte deste grupo que se dedica a este trabalho de extrema importância para a capital, o Boletim Informativo (BI) ficou a saber que o único e principal objectivo deles é tornar Maputo numa cidade mais limpa e bela.
Olga Gomes Machava, recentemente contratada pela edilidade para trabalhar no Distrito Municipal KaMpfumu, afirmou que “o nosso objectivo e missão é deixar a cidade mais limpa para que não tenha muita sujidade. Esse é o nosso principal incentivo”, começou por dizer Olga, para depois acrescentar que “é uma honra poder desempenhar este trabalho”.
Falando do seu dia-a-dia, Olga diz não ser muito fácil o trabalho, pois, “cada troço ou avenida tem a sua característica, umas com mais sujidade que as outras”. No entanto, garante, o foco é acabar com o lixo na cidade.
Por sua vez, Eleutéria Isabel Duvane, igualmente recém-contratada, conta ao nosso Boletim que, para além de deixar a cidade mais limpa, lhes compete sensibilizar os munícipes para a observância de boas práticas na gestão do lixo. “Os munícipes têm de ser capazes de deitar o lixo no sítio certo. Isso ajuda o nosso trabalho”, disse Eleutéria.
Quem também contou a sua principal motivação ao desempenhar este tipo de trabalho é Farida João Maló que, apesar de indicar como imperativo deixar Maputo limpa, aponta algumas dificuldades como o facto de alguns munícipes não respeitarem o trabalho por eles desenvolvido.
“Os munícipes não ajudam. Há casos em que nos tratam mal e desprezam o nosso trabalho”, disse, acrescentando que, apesar desta situação, ele e os seus colegas, continuam a trabalhar com a mesma dedicação e empenho.
Num outro desenvolvimento, Farida aproveitou a ocasião para convidar os munícipes para que, se puderem, em alguns fins-de-semana, tirem parte do seu tempo para ajudarem nos trabalhos de limpeza.
Entretanto, como forma de estar a par das dinâmicas implementadas na gestão dos agentes sazonais, o Boletim Informativo conversou com o Chefe do Departamento dos Serviços Municipais no Distrito Municipal KaMpfumu, António Armando Mabui, que responde por estes trabalhadores naquele distrito. A fonte informou que a contratação dos agentes sazonais se reveste de uma importância vital para a edilidade. Segundo explica, “eles são o garante da limpeza na cidade”, atendendo que a mesma é o ponto de encontro de muitos munícipes que vêem de vários pontos para desenvolver diverso tipo de actividade.
Falando do caso específico de KaMpfumu, António Armando Mabui referiu que os 140 sazonais que o distrito contratou ainda não respondem cabalmente às necessidades, muito embora reconheça que os mesmos têm desenvolvido um trabalho louvável nos onze bairros, cada um com o seu coordenador.
Há também os que se dedicam à limpeza nocturna. Segundo diz, estes não estão distribuídos por bairros pois, pontualmente, é-lhes indicado o local para trabalharem em função das necessidades.
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